Friday, January 29, 2010

Dia de Proletário

Estou na minha querida São Paulo. Que de fato não é minha, mas é querida. Como eu já conheço muito aqui, resolvi ter um dia de mulambo e passear no centrão. 25 de Março, Sé, Arouche, Luz, terminei o programa na Galeria do Rock onde comprei uma camisa fantástica onde se lê "Tá estressado? Foda-se". Almoço: um Sanduíche de Mortadela de fazer inveja ao amigo e colega de profissão Jonas, no mercado municipal. Aproveitei também para comprar ervas para fazer meu chimarrão.

Fora do centrão, na loja-conceito da Nokia (aquela que serve para promover a Apple) a menina me explicou que a Nokia não tem planos de liberar o firmware 2.0 do N97 para o Brasil e me sugeriu alterar o código do telefone para fazer a instalação/download do firmware novo como se no primeiro mundo eu morasse.

Bem... se é pra fazer isso a Nokia não precisa alugar um espaço na Oscar Freire, podia botar a lojinha do lado daqueles chineses de aspecto suspeito da Galeria Pagé que o modus operandi é o mesmo.

Wednesday, January 27, 2010

Aos Democratas!

Vocês não sabem qual foi a minha surpresa ao entrar em um bar ENORME aqui em Curitiba e me deparar com os arcos da lapa! Sim os arcos pintados na parede, em um painel de 2 ou 3 andares, e o pessoal mandando ver no samba com camisas da mocidade, da beija-flor, da portela!

Claro que se é um bar temático com coisas do Rio de Janeiro, o melhor a fazer para se puxar papo é ser carioca e falar bem das coisas da cidade pátria e sambar. Se vc é uma mulher curibana e está em um bar temático do Rio o melhor que vc pode encontrar é o artigo genuíno, certo? Esse plano realmente funcionaria muito bem, se não fosse por um pequeno detalhe: estou falando "bah!" e não é de propósito, juro por Deus.

No primeiro show havia dois músicos cheios de swing. Bons pra caralho, devo dizer. Fui falar com eles: "ai mermão, nem fudendo que tu é daqui do Paraná!"; "Qualé cumpadi, sou carioca porra!" - Carioca é assim mesmo, a gente se comunica por palavrões.

A segunda banda era de parananeses mesmo. Se mostraram extremamente competentes no samba, com surdo, repique, tamborim, tudo no tempo certinho, sincopando, marcando o passo, perfeito. Só atravessaram quando tentaram tocar tim maia e sandra de sá, porque a música não saiu ruim não. Saiu com sotaque. Nem fudendo meus ouvidos pensariam que aquilo era uma banda carioca. Depois fui lá cumprimentar os caras tb porque apesar da black music ter saído meio branca, o samba dos caras tava bom de verdade, ainda mais com um carioca no cavaquinho ;-)

Monday, January 25, 2010

Cabo Polonio



Um lugar que há muito eu queria conhecer. Desolado (atualmente nem tanto), sem luz (atualmente nem tanto), de difícil acesso (atualmente nem tanto). O Cabo deriva seu nome de um galeão espanhol que lá naufragou. Uma das ilhas em frente era o marco divisório dos domínios portugueses e espanhois, segundo uma das versões do constantemente revisado tratado de Tordesilhas. O lugar é uma megacolonia de lobos do mar.

Bah, como tem coisa pra contar. Mas agora não. Fiquem com algumas fotos que tirei :)

Casaelite

Em Punta Ballena, sexta feira passada, visitei parte das instalações de CasaPueblo, um hotel em estilo mediterrâneo-ensandecido construído pelo artista uruguaio Carlos Villaró. Nada contra a livre iniciativa. O cara tem uma visão de negócios, constrói um troço exótico que vira atração turística, gerencia bem seu negócio, enriquece, beleza.

Agora, essa mania que o artista tem de enfiar o povo no meio das cosias me irrita. Como assim Casapueblo, caralhos? Sabem quantas centenas de dólares o hotel cobra em alta temporada? O pueblo definivamente não mora e não frequenta aquela porra, no máximo frequentam-no comunistas ricos que bebem seu úisque ao lado de não-comunistas ricos que também bebem uísque. Sacam os porcos e os humanos no finalzinho da Revolução dos Bichos do Orwell? Comes to mind!

Vale a visita? Claro que vale! É bem curioso o local, e vc pode degustar tragos num terraço panoramico conversando com argentinos de mucha plata. Agora o pueblo que dá nome ao complexo vc encontra esmolando na cidade velha de Montevideo. Evidentemente a casa não é deles.

Cmte; Fabio


Então... hoje voei de Parapente. Achei um Rip-off porque eu só soube que a gente ia ficar vinte minutos piruetando em volta de um morro depois da decolagem, eu achei que dava pra voar até a casa do caralho, e não dava. Ainda assim é divertido, valeu como um batizado pra ver como é, depois faço um vôo decente no Rio.

Passei por Torres muito rapidamente, na rota para Curitiba. Eu pensava em dar um tiro até Curitiba, porque uma amiga faria uma festa de aniversário lá hoje, mas eu saí um pouco tarde, e às 8 da noite eu ainda estava em Itajaí. Fiquei na dúvida entre seguir direto - e me arriscar a não achar mais ninguém no bar ou desviar 40km para conhecer Blumenau.

Sunday, January 24, 2010

Em Porto Alegre


De volta ao Brasil. Fui de Punta Ballena a Pelotas de uma vez só, com duas paradas: Cabo Polonio (mais sobre esse lugar belíssimo depois) e Playa Grande, no Parque Nacional de Santa Tereza.

Quando cheguei fiquei muito feliz de finalmente poder falar português, mas volta e meia eu ainda me pego querendo falar "targeta visa" ou "la cuenta". Imersão é foda, depois de 7 dias no Uruguai eu já chegava em posto de gasolina e mandava abastecer e os caras ainda falavam "brasileño? Pero hablas español muy bien!". Claro que se fosse pra discutir filosofia eu tava fudido, mas esses chuncks linguísticos das transações mundanas eu já tinha incorporado pego todos!

Agora estou em casa de amigos em POA. Ontem rolou um city tour e show de rock no Seargent Peppers. Recomendo. Hoje vou com amigos gremistas ver um jogo, e se eles se distraírem cumprirei a promessa de mijar no estádio deles! Também preciso comprar ervas no mercado público pra continuar tomando meu chimarrão quando voltar ao Rio! :)

Monday, January 18, 2010

CHEGUEI!






Finalmente cheguei ao ponto mais meridional dos domínios de Dom Pedro I, que eram tão grandes que é preciso sair do Brasil para conhecê-los. Daqui se avista Buenos Aires e Mar del Plata, e não é a toa que a região era disputada a tapa (bem, a tiro mesmo): daqui se pode perfeitamente interferir na região do Prata, negando assim a influência espanhola sobre o estuário.

A cidade parece muito com Paraty, mas a diferença mais visível é que ela é fortificada. Quando eu vim de carro em direção ao bairro antigo avistei uma muralha imponente que impedia a passagem. Entra-se pelo portão da antiga cidade, de pedra, fortificado e com um pequeno fosso. Pena que a muralha acabe aí, o resto não mais existe, ou pode-se ver apenas as fundações, como no caso do Bastião de São Miguel Arcanjo. Olhando-se as fundações têm se uma idéia exata da espessura da muralha: grossa pra caralho. Tomar isso aqui não era tarefa fácil e prova disso é que a cidade não se rendeu, a guarnição brasileira aqui presente permaneceu até a assinatura do acordo de paz com a argentina, onde o Brasil abria mão desta região e em troca os hermanos devolviam alguns territórios que eles haviam nos tomado. Não preciso dizer quem se fudeu na Guerra da Cisplatina né?

Paraty também é mais uniforme, os casarios são mais ou menos da mesma época, em Colônia (Colônia do Santíssimo Sacramento) há casas portuguesas muito antigas, da época da primeira construção, muito simples, e outras mais modernas, semelhantes às de Paraty. E há também alguns enxertos modernosos no meio destas edificações. Passa-se algo semelhante à Cuzco, onde os espanhóis construiram sobre as fundações incas. Cá também o fizeram, pode-se ver a base de pedras feita pelos portugueses, e muros completamente diferentes a partir de uma certa altura.

Havia aqui um mosteiro, que pegou fogo. As ruinas são imponentes. Há uma igreja matriz (que cidade portuguesa não a tem?). Como em Paraty, as ruas tinham um sistema de drenagem com uma canaleta correndo pelo meio, mas isso não é visível em todas as ruas.

Muito do casario se transformou em Ateliês, lojas ou restaurantes, e de noite eu vi pelo menos três diferentes shows de bossa nova!

Encontrei o casal de brasileiros que vira antes em montevideo, na rua, e por coincidência ao voltar pra pousada descobri que eles também se hospedam aqui. São onipresentes como aqueles bolivianos que tocam no centro da cidade no Rio, e que você encontra em qualquer lugar que vc vá? 

Também descobri um pouco do cancioneiro uruguaio aqui, ouvindo um pessoal tocar viola de madrugada no alto da muralha, um lugar fantástico de onde se vê o Rio da Prata todo iluminado (pelas luzes de BsAs), o farol, as ruas da cidade antiga e se sente a brisa.

amanhã mais aventuras me aguardam. Por hoje é isso.

Tristeza e Nostalgia


Por incrível que pareça, foi esta a sensação que tive na orla de Montevideo ontem de noite. Primeiro porque ela é extremamente semelhante à do Rio de Janeiro. É impossível não se sentir em Copacabana na praia de Pocitos, mas uma Copacabana onde domingo à meia noite há senhoras passeando com seus netinhos, crianças andando de bicicleta, jovens de lambreta tomando sorvete. E isso me deixou extremamente triste, porque o Rio de Janeiro poderia ser assim. Conversei com dois senhores que passaram por mim falando português e eles me disseram que o Uruguai é o Rio de Janeiro da juventude deles, com os cassinos, com as pessoas nas ruas e sem tanta violência.

Aliás, aqui a violência não é uma coisa desconhecida, e há pedintes nas ruas. Mas as pessoas andam com crianças por ruas escuras por volta de onze a meia noite (e andam mesmo porque eu vejo isso todo dia)é porque esta é uma população que não conhece o medo da maneira como os cariocas conhecem. Eu vejo de noite carros parados em frente a certas praças (o uruguaio acha que se ligar o alerta pode parar o carro onde quiser, até dentro de banca de jornal ou chimbiu de vira lata), e famílias em cadeirinhas de praia conversando perto do carro, tomando chá e comendo salgadinhos. Que interessante.

Ah sim, policiamento, quase não há. Copacabana é muito mais policiada. Sábado havia uma presença grande da polícia turística na Cidade Velha, mas foi só. Normalmente as ruas não são ostensivamente policiadas e mesmo assim a população anda tranquila por aí. Coitado do meu Rio de Janeiro fevereiro e março!

Saturday, January 16, 2010

Parrillada


Hoy jo hai visitado (existe presente perfecto en espanol? Y lo se usa como en el ingles?) el Mercado del Puerto, en companhia de dois brasilenos que pediram para tomar un poquito de mi chimarron, porque jo ando con una botella termica y el mate por las calles de montevideo. Ellos eran gauchos y disseran que ha dias non tomavan chimarron e que estavam de olho en my chimarron desde que passei por la plazza.

En el mercado hay muchas opciones para comer lo mismo: la tipica parrillada, que es un espeto corrido colocado a una panela, si? hehe. La cerveza que tomamos se llamava Pilsen, y es muy buena. Me gusta mucho la cerveza pilsen, es melhor que las grandes cervezas brasilianas como Brahma y Skol. Me gusta mais la Pilsen que la Devassa.

Acher fue a un pub irlandes donde no se habla ingles y el menu solo tiene chivitos. That was weird, pero los chevitos son primorosos, si?

Ahora voy visitar el estadio Centenario con mi camisa del Flamengo, unico y glorioso, si? El mejor del mondo!

Friday, January 15, 2010

Por las Ramblas en una bicicleta


Hoy jo hay salido por las ramblas de montevideo en mi bicicleta. Conosci la playa de Poncitos, que es muy semelhante a Copacabana, pero en Copacabana las aguas son mas limpias. Fue tambien al montevideo shopping, que es muy pequeno.

En la foto, usted podem ver-me a emplear una tecnica que hai aprendido con mi amigo y hermano Darth Vader, jo estoy a esganar el fotografo através del uso de la fuerza, porque este era un argentino que si demoro demais para sacar la foto.

Tambien conosci una chica de Russia, Patrinka, que es muy amicable y hermosa. Quedamo-nos a tomar un mate juntos, y vamos a tomar un vino despues. Ahora voy al chuveiro tomar un baño, si?

Chau

A Montevideo


Cheguei ontem. Após ingressar no país vi a fortaleza de santa teresa pela janela esquerda do carro e fui até lá. Fortificação portuguesa do século 18, bem conservada e muito imponente. De Santa Teresa segui para montevideo, nonstop. Cheguei no hotel por volta de meia noite, dormi até as dez e saí para procurar um que tivesse vagas, onde estou agora. No Centro.

Conto mais depois. Aqui a internet parece estar boa. Agora vou aproveitar o fim de tarde para andar de bicicleta na orla, ou Rambla, que é como eles dizem aqui.

Wednesday, January 13, 2010

O Celta não é Caveira!


O Carro praticamente pediu pra eu sair. Após mais um dia de aventuras off-road em Balneário Cassino - link para o vídeo aqui - o motor quase apagou quando transpus um arroio. Não pude seguir viagem e fui parar num mecânico, que me disse algo de que eu desconfiava, mas precisava certificar-me: quando as velas e cabos secassem ele ia voltar à vida (não que ele tenha morrido, mas ficou engasgando). Feito. Ficou paradinho até as 5 da tarde e saiu tinindo. Mas chega de aventuras off road. Amanhã sigo para Montevideo no sapatinho. E o mecânico nem me cobrou nada. Peguei o cartão dele, depois eu faço uma propaganda aqui.

obs: o vídeo não tem áudio porque o rádio tocava uma música que a WMG não quer que vocês escutem. Infelizmente, o youtube não achou um jeito de suprimir a música que tocava sem suprimir o ronco do motor, o barulho da água ou a minha voz. Vão tomar no cu.

Tuesday, January 12, 2010

Mostardas Off-Road


Dia de aventuras em 4x2 em terra, lama e areia. Depois eu conto tudo, que como de costume, to cansado, e a internet em Rio Grande é pior que em Mostardas. Deu tudo certo, foi muita adrenalina e dei um pau legal no Celtinha, que é muy bravo e respondeu legal. To colocando um vídeo no youtube, mas não sei se vou conseguir porque aqui a internet funciona à lenha mesmo. Amanhã visito a praia do Cassino (também off-road) e vou para o Chuy (desta vez, on road). Cheers. PS: Aqui o link

Monday, January 11, 2010

Rally de Mostardas


Agora estou em Mostardas/RS, e se vocês querem ver onde é o cu do mundo, procurem no mapa. Uma vantagem: a beira mar está cheia de flamingos. Uma surpresa: aqui tem internet wireless.

Também foi meio chato chegar aqui. Dá pra passar na estrada sem danificar o carro, mas é preciso muita atenção. A estrada está muito esburacada, e é preciso andar em zigue-zague, a quarenta por hora. Eu achei que chegaria em duas horas levei quase quatro.

Daqui para a praia são treze quilômetros, em estrada de terra que corta dunas. Que por sua vez cobrem a estrada de terra, uhuuuuu fiz um rally do caralho, botei o som alto, ar ligado por causa do calor, janelas fechadas por causa da poeira/areia e derrapa e rabeia e corre até o mar. O medo de atolar foi grande, e em certos momentos eu desliguei o ar, botei a segunda e pisei fundo, e deu tudo certo. Ufa.



Os nativos me dizem que dá pra botar o carro na praia e ir até o farol e a barra da lagoa, mas eu nao vou arriscar nao. Vou fazer a trilha do talamar amanhã, que um jipeiro me disse que está seca e o celta passa. O mesmo jipeiro me aconselhou a NÃO botar o celta na barra da lagoa. Do talamar creio que vou até a barra da lagoa de bicicleta. Se tudo der certo pego a barca para rio grande as 17 horas.

Tramandaí


De Floripa fui para Tramandaí, no Rio Grande do Sul. É um balneário muito badalado, assim como Torres, Imbé, Capão da Canoa e Xangri-la. Foi uma viagem difícil, porque de Floripa para o sul a BR está toda em obras, e pegam-se filas e em muitos trechos não é possível correr, além do grande número de desvios à direita e à esquerda exigirem atenção constante. Cheguei em Torres já de noite, e de saco cheio de estrada. Só que

a) Eu queria encontrar a Cissa em Nova Tramandaí
b) A Brigada Militar (eles são sempre bastante prestativos e atenciosos aqui no sul) me disse que eu poderia pegar a Estrada do Mar até lá, que estava em excelentes condições.

Assim, por volta de meia noite estacionei na pousada.



No dia seguinte, passeio por Tramandaí, visita ao deck da cidade que se alonga 250 metros mar adentro, almoço, mais praia de tarde e finalmente passeio pelo centro de noite. Deixei a Cissa na rodoviária porque ela trabalharia em Porto Alegre no dia seguinte e eu não, mas por muito pouco não fui junto.

Aprendi a fazer Chimarrão. Mas tive que comprar um bomba com o escudo do Gremio, senão a fanática não me ensinava! hehe.

Floripa II




Isso está ficando fora de ordem, mas va-lá. Vou falar de Floripa. A ilha de Santa Catarina revela o seu charme aos poucos, ela parece uma baranga que vai ficando bonita conforme a pessoa vai bebendo mais cerveja, acho.

A primeira impressão é ruim mesmo, pelo menos para quem fica no centro. E sabe aquela estória que todos os seus amigos contam de que a ilha é cheia de loiras de olhos azuis doidas pra dar? Mentira. Tem 10 barangas para cada loira. Isso aqui é, de fato, lugar de gente feia. Depois eu descobri onde ficam as tais loiras, mas de uma forma geral, floripa fica na comarca da Barangolândia, sem dúvida alguma.

Eu comecei a gostar de Floripa no dia seguinte, quando fui pra noite na Lagoa da Conceição. É preciso subir um morro, e ao chegar no alto vê-se o entorno da lagoa todo iluminado. Lindo. E há dezenas de bares, boites e pubs concentrados em uma pequena área, disputando os clientes, quase todos com shows ao vivo e gente jovem pra lá e pra cá. Eu fui em duas casas: o pub inglês The Black Swan e o John Bull.

Apesar de ter dormido pouco eu acordei cedo e fui fazer um tour de carro pelas praias. Lagoa da Conceição, Joaquina, Praia Mole, Ingleses, Canasvieiras (onde só se fala espanhol) e Jurere. Falo mais das praias em outra oportunidade. Gostei mais dos Ingleses, onde fiquei pegando jacaré naquele marzão. Detalhe: lá caixote é pacote.

Sobre as loiras. De noite eu fui numa balada cara, um lugar da moda chamado El Divino Lounge. Ali não tinha baranga não, mas também são 60 reais pra entrar. E eu já tava "casado" quando entrei, então não sei dizer se as meninas são fáceis. Só sei que são gostosas. Mas se vc quer ver uma CIDADE com gente bonita, esqueça floripa e venha para o interior do Rio Grande do Sul. Osório por exemplo, só tem loirinha de olho verde na farmácia, padaria, supermercado, concessionária... ah, Deus!

No estaleiro


Depois de um fim de semana gostoso com a amiga Cissa de Porto Alegre em Nova Tramandai/Tramandai e Imbe, trouxe ocarro para uma concessionaria em Osorio para a troca de oleo e do filtro do ar condicionado. pedi pro mecanico dar uma olhada geral e me avisar caso veja problemas. Daqui a pouco sigo para Mostardas/Rio Grande. Quero entrar no Uruguai no maximo em dois dias.

Friday, January 8, 2010

Floripa, primeiras impressões


Toró do Caralho. Já está virando um mantra pessoal do blogeiro, mas é isso o que acontece em cada cidade que eu visito. Ainda vou visitar o vale do Jequitinhonha só para prestar uma boa ação aos famélicos da seca!

Bem, o que se faz em floripa debaixo de chuva? Pode-se caminhar pela rambla norte beira mar norte e não ver nada além de coqueiros saculejados pelo vento. Fui até debaixo da ponte Hercílio Luz e tirei fotos. Visitei a fortaleza de Santana e tirei fotos. No museu da fortaleza há uma série de fotos das fortificações erquidas aqui na região pelos portugueses, com uma curiosa mensagem ao final do texto de todas.

É mais ou menos assim "A fortaleza xxx tem 70 peças de artilharia de ferro, 40 de bronze, tres anés de muralhas e em 1777 rendeu-se aos espanhóis sem dar um tiro" Esse é o texto padrão para todos os fortes cujas maquetes estão no museu. CRTL+C, CRTL+V e um olhar na alma latina pós-romana.

Caminhei pelo centro. Uma imundície do caralho, foi o que notei, pois depois de passar uns tempos em Curitiba a gente esquece que mora no Brasil. O centro aqui é bem feinho, e parece coisa de cidade do interior, uma zona do caralho ruas estreitas, muito sobe e desce e gente pra caralho. Pronto. Falei. Minha primeira sensação foi de que Floripa não cuida do seu patrimônio histórico, porque não há um centro histórico bem definido e preservado, como em tantas outras cidades, há uma grande mistura de prédios modernos com casario antigo e igrejas, o que resulta numa mistura sem identidade. Pena. Pelo que eu vi dá pra perceber que Florianópolis tem uma história rica e mal contada.

Caminhei na noite anterior pela Orla. Essa sim é mais bem cuidada e limpa. Na noite de 6 para 7 ela estava toda enfeitada, uma coisa belíssima, ainda mais com a ponte Hercílo Luz toda iluminada como complemento. Dei sorte, pois na noite do dia 7 já haviam desligado tudo e começado a retirada dos enfeites. Uma coisa muito positiva de Floripa: A tranquilidade. Isso não tem no Rio. Casais sentadinhos conversando em banquinhos às duas da manhã, grupinhos de mocinhas bebadas tropeçando desacompanhadas às três da manhã, turistas gordos de bermudão tirando fotos da esposa baranga à uma. Duas vezes alguma pessoa com uma cara um pouco mais suspeita fez menção de se aproximar mas eu fiz cara de quem ia morder e passei direto. E se fosse preciso mordia mesmo. Esses vagabundos de Floripa não podem com quem fez escola com os vagabundos cariocas. Pronto, falei! haha.

Aliás, carioca é estressado mesmo. No dia seguinte (este em que escrevo) eu almoçava em Canasvieira quando um mané de bermudão e óculos escuros ficou rondando meu carro e olhando pra dentro. Na terceira volta eu pulei pela janela do restaurante e fui na direção dele gritando "Gostou do carro? Tem dono, seu filho da puta!" Os garçons correram pra me apaziguar e garantir que o cara era um maluco conhecido e inofensivo (lembrei do Marquinhos de Copacabana)! Foi engraçado. Ou será que eles correram atrás de mim pra garantir que eu pagasse a conta? Enfim, só sei que foi assim.

Depois eu conto as aventuras de hoje. Floripa de dia é meio provinciana quando chove, fica um pouco sem graça, mas a noite daqui é sempre agitada. Aí sim não faltam opções. Até o próximo post, que eu ainda vou descer pra cortar o cabelo e fazer um lanche!

Thursday, January 7, 2010

Graciosa e Floripa


Segundo o meu celular (Luciano, vc sabia que a gente pode pegar a previsão do tempo nele?) eu tinha uma janela de 6 horas de tempo nublado, sem chuva. A previsão do AccuWeather me dava das 6 as 12 para chegar em Morretes, sem chuva. Depois disso, alerta de tempestade com raios. Tendo adiado duas vezes a descida - uma delas por uma previsão de tempo falsa - eu pensei que era agora ou nunca e fui.

Cheguei na rodoviaria todo esbaforido faltando 5 minutos para o único ônibus que poderia me deixar em Quatro Barras sair. Passagem comprada e trazida na boca, enfiamos a bicicleta no bagageiro e o ônibus zarpou. Desci na frente do posto da PRF da PR-410, onde começa a antiga estrada de paralelepípedos que ligava as terras do Paraná ao porto de Paranaguá, cortanto a serra do mar. Segundo dizem, antes disso o trajeto já era uma picada usada pelos índios que vinham do litoral ao planalto colher o pinhão.

Logo que saí do ônibus notei que a pedaleira direita soltou. Foda-se, aparafusei com a mão mesmo. Mais tarde precisei aparafusá-la de novo, mas dessa vez eu esfolei mais o dedo e apertei com mais força. Ficou bom ;-)

Passei no posto da PRF pra dizer pros caras que eu pretendia descer a estrada sozinho e perguntar se ela era bem sinalizada e havia risco de me perder. Disseram que não, mas aconselharam-me a tomar cuidado nas frenagens, visto que a estrada "quando chove é lisa como o diabo". Há uma galeria de carros PT (perda total) às margens do posto. Eles estão expostos de propósito e atestam que a rodovia foi feita para jegues e não automóveis.

Ok, iniciei o caminho. Como toda estrada que transpõe uma serra, a Graciosa é uma descida de 1000 metros do planalto ao mar, mas ela não é só descida não, muito pelo contrário, os primeiros quilômetros são de (puf, puf), subida. Já fui parando e tirando fotos dos pinheiros, das araucárias, das nuvens fechadas. Tudo em um frio gostoso e embalado pelo martelar das trovoadas.

A descida transcorreu sem problemas, à exceção de uma leves chuvas ocasionais. Das poucas vezes em que peguei um pouco de chuva optei por pedalar forte e sair da região chuvosa, o que se mostrou acertado. No início eu estava descendo bem devagar nos trechos de paralelepípedo, mas fui pegando confiança aos poucos, e uma hora depois eu já passava a 30-34 km/h, ultrapassando os carros. Percebi que a estrada é realmente lisa quando resolvi tirar uma foto perto de uma ponte. Parei a bicicleta, coloquei o pé no chão e schploft, quase que também coloco a bunda.

A estrada possui vários recantos, que são trechos onde se pode estacionar, e há algumas mesinhas de pedra com banquinhos, em alguns também churrasqueiras e em outros mirantes. O primeiro recanto é o mais bonito, porque de lá se vê a Baía de Paranaguá bem ao longe. E aquele bem longe era exatamente para onde eu estava indo.

Eu não contei o número de recaontos, lembro ter lido que eram seis. Os mais altos são os melhores, por causa da vista e por causa das cachoeiras. Teve uma em que eu deixei a bike de lado e entrei. Nos mais próximos do pé da serra há vendinhas e pode-se fazer lanchinhos. Eu não precisava ter levado metade do que levei, mas fui preparado para ficar sozinho no meio do nada sob chuva. Definitivamente eu nao ficaria sozinho. Passaram carros por mim durante o trecho de serra, pelo menos alguns a cada 10 minutos, inclusive uma patrulha da PRF e outra da Civil.

A estrada, nos trechos mais altos, é belíssima e estava toda em tons de azul e rosa. As margens são ladeadas por crisântemos azuis e brancos, e muitas árvores estavam dando floradas rosa. Parece uma estradinha em meio a um jardim.

Quando se chega ao pé da serra pedala-se mais 13 km até Morretes, ou 20 até Antonina. Eu queira ter ido à Antonina, por já conhecer Morretes, mas por estar com pressa para voltar para Curitiba e pegar caro e seguir para Florianópolis toquei para Morretes e após uma longa e interminável reta chata, cheguei na igrejinha que para quem vem de trem está nos fundos da cidade. Depois conto mais dessa aventura, que eu estou com sono.

To cut a long story short, voltei pra Curitiba, debaixo de outro toró do caralho e cheguei ao hotel, em cuja garagem troquei de roupa, guardei a bike e segui para Floripa. Após um Red Bull básico perto de Joinville, que deixaria a Carla orgulhosa, toquei o carro pra dentro da chuva de granizo (não foi culpa minha, a estrada é que levava em direção àquela porra) que eu achei que ia estraçalhar os limpadores de pára-brisa e segui pra Floripa, chegando perto de 22:30.

Tuesday, January 5, 2010

Museu Niemeyer


Bem resumidamente que eu vou sair pra tomar Guiness: Torre da Telepar, Museu Niemeyer, Bosque João Paulo II, Shopping Curitiba, Café Lucca. Ô cidade bacana. Ah, sim, já estou ficando bom em dirigir por aqui. E no alto da cidade, um urubu! Vejam a foto!

Furacão de Verão

O Dia de ontem aqui em Curitiba foi bem bacana. Comecei caminhando até a bela Praça do Japão, onde tirei inúmeras fotos. A pracinha é pequena mas bem cuidada, e escolhendo-se bem os ângulos pode-se tirar fotos de uma terra estrangeira! A funcionária do Pagode que fica no meio da praça tinha cara de mal comida poucos amigos e não me deixou subir. Mas eu sonhei que ela estava em Moscou, dançando um pagode russo, e que na dança do cossaco aquela ronaldinha ficava cossaco fora.

Daí eu caminhei pelo bairro de água verde, que é uma gracinha. Cheio de pequenas casas e árvores floridas. No meio desse lugar pacato esconde-se o estádio do furacão, que não pode ser facilmente visto de longe, para quem vem de trás. A frente do estádio overlooks uma praça, mas o entorno do estádio fica escondido atrás de árvores e casinhas. Estranhíssimo. É legal porque o estádio se integra ao bairro, e mal se nota que o mesmo lá está, mas e a turistada para a copa de 2014? Vai entupir as ruas de carros, taxis e gente? Não me parece que o lugar comporte isso. O Estádio é moderno pacas, não me entendam mal, mas não há sequer uma linha de trem passando perto e as ruas são estreitinhas...

Uma palavra de agradecimento à encarregada do estádio que me deixou subir às arquibancadas para tirar fotos. E não, Ricardo, não vou mijar no muro de um freguês. A promessa é mijar no muro do Olímpico com uma camisa colorada. Isso se a Dani Falks deixar... huahauhauha.

Dali segui para o Shopping Estação. Mais sobre isso quando eu editar esse post. Almoço na Bierhoff provando a cerveja da casa. Nem é grande coisa não.

Ainda à pé, fui passear na rua das flores, passei em frente à antiga rua 24 horas e voltei para o hotel para pegar o carro e visitar o parque Tanguá e o memorial Ucraniano.

à noite, pizza no Scavollo, só pra lembrar que lugar de pizza é em São Paulo. Viajante estúpido! Depois show do U2 cover no Sheridan´s, e novas amizades. Quando eu tiver saco eu expando esse post num relato mais completo.




Sunday, January 3, 2010

O Rodoanel de Curitiba


Ok, apesar do tempo ameaçador eu resolvi dar uma volta por Curitiba, literalmente. O percurso consistia em sair do hotel, ir até o Jardim Botânico, às margens da BR, e subir para a Ópera de Arame, Parque das Pedreiras, Parque Tanguá, Parque Tingui, Parque Barigui às margens da BR do outro lado da cidade, e volta. Foi o que eu fiz, só que a partir do Parque Tingui, o ponto mais distante do meu passeio, começou um toró do caralho. Daí, foda-se, mais 20 km de subidas e descidas na chuva, até porque eu errei o caminho e foi parar em Santa Felicidade (isn´t it ironic) onde contornei a torre da Telepar e desci até o Barigui, finalmente. Meu ciclocomputador marcou 40Km de percurso. Furadas à parte, foi bom voltar ao Café da Opera de Arame e comer a minha torta alemã favorita fora da alemanha, e foi legal o passeio subaquático pelos parques. Sem fotos no entanto. Contentem-se com essa foto tirada no solo sagrado onde o Iron Maiden tocou, pouco antes da chuva.

Uma coisa que eu aprendi é que o Curitibano respeita muito o ciclista. Andei na rua o tempo todo e até mesmo os ônibus abriam para não tirar fino (como manda a lei). Não foi raro ver um motorista diminuir e esperar eu cruzar a rua para converter à direita ao invés de cortar pela esquerda e me fechar ao entrar para a direita. Lugar civilizado isso aqui. A gente até se sente mal em avançar o sinal (bem entendido, eu estava de bike), coisa que os caras daqui se fazem, não fazem indiscriminada e acintosamente.

Vocês sabiam que eu não vi uma porra de uma lâmpada queimada na Sete de Setembro? Porra, meu, vai tomar no cu! A avenida limpinha e as luzes acesas a intervalos regulares até onde a vista alcança. Isso aqui não é Brasil mesmo! Deve ser por isso que amo esse pedaço da Europa onde se fala português.

Jantar no Outback. Me arrependi, isso tem no Rio, devia ter ido a algum lugar mais típico. Mas eu estava com fome e havia um na minha frente. Até a falsa intimidade dos garçons é a mesma. Da próxima vez vou perguntar "O senhor tem filha? E eu já comi? Então traz a porra da comida e para de puxar papo/saco que eu não te conheço".

Para a night, estou pensando em visitar a rua 24 horas que estava em obras da ultima vez que aqui estive. E tomar Newcastle (não tem no Rio) no Sheridan´s.

Saturday, January 2, 2010

Pravda


Hoje eu peguei a estrada da morte e ela não estava lá. Sério mesmo, a Regis perdeu esse título faz tempo, a estrada está duplicada e apresenta três faixas de rolamento em alguns trechos, e o asfalto e próximo de ser um tapete. O trecho da Serra do Cafezal é chato, são 34km de estrada SIMPLES, sem duplicação e às vezes sem acostamento também. Há buracos, mas nem são tão grandes. Pelo contraste com o resto da estrada, é uma merda, mas as ruas do Rio de Janeiro são muito piores, de longe!

Ah, sim. Muitos acidentes feios. Passei por pelo menos 3 caminhões batidos e mais dois capotados, um era até engraçado, caiu numa vala na lateral da pista e ficou parado igual tartaruga sobre o casco.

Noite de baladinha em Curitiba. Esquenta no Sheridan´s Pub onde uma banda tocava rock com violino e violão folk (um Eagle igual ao do Tico) e esticada na boite Pravda, que o NPTO ia amar. O lugar é uma drinkeria (onde se serve muitas variedades de vodka) cheia de posters típicos do periodo comunista da Rússia. A diferença da noite de Curitiba para a do Rio é notada quando a gente entra numa boite melhor do que as que eu geralmente frequento no Rio e não há entrada nem consumação mínima. Paguei zero real pra ficar uma hora lá dentro.

Friday, January 1, 2010

Campinas e o Frango

A gentilíssima Cynthia promoveu um city-tour por Campinas, com visitação à Estrada das Cabras, Parque das Águas, centro, Souza, Barão Geraldo e Unicamp. Achei singular o modo como Campinas combina cidade grande e roça ao mesmo tempo. Umam hora se está entre arranha-céus, no momento seguinte só há verde, capivaras e vacas. A cidade está em franca expansão, o que há 5 anos era estrada de terra hoje é shopping center e montes de prédios; Mas se você andar 1 km adiante, volta-se à roça, ao verde e não se vê prédios à frente novamente.

Sabem a EsPcex? A academia preparatória de cadetes do exército? Suas instalações são rosa como um scarpin da Barbie! A Cynthia foi quem notou o fato. Aposto que tem general que acha U-M L-U-X-O!!

De tarde encontrei a bloggeira e amiga Paula Vermeech, no Frango Assado do km 40 da Bandeirantes, cujo Capuccino é melhor que o do Cafeína do Leblon. Conversamos muito sobre Portugal, Piratininga, Jesuítas e a academia. Ela também me contou alguns podres sobre o NPTO, nada de desbonador, apenas estórias que o mesmo nunca me contou! Durma tranquilo, NPTO, nao reciproquei com mais estórias sobre sua pessoa; Depois te dou o numero da minha conta-corrente ;-)