Friday, January 8, 2010

Floripa, primeiras impressões


Toró do Caralho. Já está virando um mantra pessoal do blogeiro, mas é isso o que acontece em cada cidade que eu visito. Ainda vou visitar o vale do Jequitinhonha só para prestar uma boa ação aos famélicos da seca!

Bem, o que se faz em floripa debaixo de chuva? Pode-se caminhar pela rambla norte beira mar norte e não ver nada além de coqueiros saculejados pelo vento. Fui até debaixo da ponte Hercílio Luz e tirei fotos. Visitei a fortaleza de Santana e tirei fotos. No museu da fortaleza há uma série de fotos das fortificações erquidas aqui na região pelos portugueses, com uma curiosa mensagem ao final do texto de todas.

É mais ou menos assim "A fortaleza xxx tem 70 peças de artilharia de ferro, 40 de bronze, tres anés de muralhas e em 1777 rendeu-se aos espanhóis sem dar um tiro" Esse é o texto padrão para todos os fortes cujas maquetes estão no museu. CRTL+C, CRTL+V e um olhar na alma latina pós-romana.

Caminhei pelo centro. Uma imundície do caralho, foi o que notei, pois depois de passar uns tempos em Curitiba a gente esquece que mora no Brasil. O centro aqui é bem feinho, e parece coisa de cidade do interior, uma zona do caralho ruas estreitas, muito sobe e desce e gente pra caralho. Pronto. Falei. Minha primeira sensação foi de que Floripa não cuida do seu patrimônio histórico, porque não há um centro histórico bem definido e preservado, como em tantas outras cidades, há uma grande mistura de prédios modernos com casario antigo e igrejas, o que resulta numa mistura sem identidade. Pena. Pelo que eu vi dá pra perceber que Florianópolis tem uma história rica e mal contada.

Caminhei na noite anterior pela Orla. Essa sim é mais bem cuidada e limpa. Na noite de 6 para 7 ela estava toda enfeitada, uma coisa belíssima, ainda mais com a ponte Hercílo Luz toda iluminada como complemento. Dei sorte, pois na noite do dia 7 já haviam desligado tudo e começado a retirada dos enfeites. Uma coisa muito positiva de Floripa: A tranquilidade. Isso não tem no Rio. Casais sentadinhos conversando em banquinhos às duas da manhã, grupinhos de mocinhas bebadas tropeçando desacompanhadas às três da manhã, turistas gordos de bermudão tirando fotos da esposa baranga à uma. Duas vezes alguma pessoa com uma cara um pouco mais suspeita fez menção de se aproximar mas eu fiz cara de quem ia morder e passei direto. E se fosse preciso mordia mesmo. Esses vagabundos de Floripa não podem com quem fez escola com os vagabundos cariocas. Pronto, falei! haha.

Aliás, carioca é estressado mesmo. No dia seguinte (este em que escrevo) eu almoçava em Canasvieira quando um mané de bermudão e óculos escuros ficou rondando meu carro e olhando pra dentro. Na terceira volta eu pulei pela janela do restaurante e fui na direção dele gritando "Gostou do carro? Tem dono, seu filho da puta!" Os garçons correram pra me apaziguar e garantir que o cara era um maluco conhecido e inofensivo (lembrei do Marquinhos de Copacabana)! Foi engraçado. Ou será que eles correram atrás de mim pra garantir que eu pagasse a conta? Enfim, só sei que foi assim.

Depois eu conto as aventuras de hoje. Floripa de dia é meio provinciana quando chove, fica um pouco sem graça, mas a noite daqui é sempre agitada. Aí sim não faltam opções. Até o próximo post, que eu ainda vou descer pra cortar o cabelo e fazer um lanche!

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